Como ontem no blog saiu um post sobre o câncer de mama,
hoje vou abordar um pouco mais esse assunto, mas vou focar na mamografia que é
um exame realizado com a mastologista ou uma especialista em saúde da família e
deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos de idade, a fim de prevenir
ou identificar a doença no seu inicio, aumentando as chances de cura.
Pesquisando mais sobre o assunto,
achei uma entrevista feita pela revista época com a Dra. Maria
Júlia Gregório Calas, onde ela responde algumas
dúvidas sobre a mamografia, acompanhe:
(1)
Como funciona? A mamografia
funciona como a radiografia da mama, capaz de detectar tumores que nem as
mulheres nem os médicos conseguem perceber. São os chamados tumores
impalpáveis, geralmente menos agressivos e com chances de cura quando
diagnosticados e tratados de forma adequada.
(2)
Com que frequência deve ser feita? Anualmente a
partir dos 40 anos e não há idade limite para parar. Ou seja, se uma mulher de
86 anos está apta a ir ao consultório do médico e realizar exames de
rotina, a mamografia deve estar entre eles.
(3)
Se a médica pedir para repetir é motivo de preocupação? A
mulher não precisa ficar preocupada se for necessário repetir o exame. Mesmo
com os avanços da tecnologia, que permitem exames cada vez mais precisos,
muitas vezes uma imagem pode deixar dúvida. Aquela mancha seria ou não um
nódulo? Por isso, voltar à sala do exame não significa que a doença exista.
(4)
Há contraindicações para o exame? A mamografia não
tem contraindicações. Podem ser feitas por mulheres com prótese de silicone,
que já fizeram outros tipos de plástica ou passaram por sessões de radioterapia
por causa de nódulos anteriores.
(5)
Só mulheres têm câncer de mama? Não. Os homens
também podem ter câncer de mama. Para eles, a indicação de necessidade do exame
de mamografia é a existência de nódulos que podem ser sentidos.
(6)
Quantos exames anteriores devem ser guardados e levados para a clínica? É
necessário ressaltar a importância de guardar as mamografias anteriores e de
levar, para a realização de um novo exame, as três últimas (três anos
anteriores, independentemente do local onde foram realizadas). Isso ajuda o
médico a traçar se houve a evolução de alguma mancha, que pode ser evidência de
um possível nódulo, ou descartar uma imagem suspeita no novo exame. A simples
comparação com as mamografias anteriores evita exames complementares
desnecessários e, sobretudo, a tremenda ansiedade que um resultado suspeito
provoca nas pacientes.
(7)
A mamografia é 100% conclusiva, sempre? Se, por um
lado, a mamografia consegue muitas vezes detectar alterações mínimas, em
outras, infelizmente, ela pode falhar. Isto ocorre em torno de 5% a 15 % dos
casos e por vários motivos. Existem exames complementares, como a
ultrassonografia e, recentemente a ressonância magnética, que podem ser
indicados para essa finalidade. Mas esta nossa conversa fica uma próxima
coluna.
(8)
Você deve estar se perguntando: e o autoexame das mamas? Eu não devo fazer?
Evidências científicas sugerem que ele não é eficiente para a detecção precoce
do câncer e não contribui para a redução da mortalidade. A recomendação é que o
exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a
saúde com o objetivo de a mulher conhecer seu corpo. As mamas não são órgãos
“estáticos”, como o pé ou o cotovelo. A cada mês, elas vão sofrendo alterações
cíclicas provocadas pelos hormônios.
(9)
A mulher, sozinha, consegue perceber algo diferente na mama se tiver o hábito
do autoexame? Normalmente, ao se palpar a mama, percebem-se várias
nodulações que correspondem às glândulas mamárias. O único objetivo do
autoexame não é ensinar a mulher a distinguir essas nodulações dos nódulos de
verdade: o objetivo é apenas observar o surgimento de algo
diferente. Percebendo algo que não existia antes, consulte seu médico.
(10)
Quando deve ser feito o autoexame? Uma vez por mês,
uma semana após o início da menstruação. Caso a mulher não menstrue mais, ele
pode ser feito em qualquer dia do mês.
Homens e
mulheres, não deixem de fazer a mamografia, um exame tão rápido e
simples que pode evitar consequências muito duras.
Lucas Souza
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